Se
lhe dissermos que comer bolota traz benefícios para a saúde,
provavelmente vai responder para a comermos nós. Mas a verdade é
que este fruto tem propriedades muito relevantes para o organismo.
Ainda não está convencido? Então, continue a ler o texto.
A
primeira grande boa novidade a propósito da bolota é o facto de não
conter glúten e, por isso, ser altamente aconselhável para
celíacos. Este fruto, que se desenvolve nos carvalhos ou nas
azinheiras, é rico em fibra e proteína e apresenta um perfil de
lípidos semelhante ao azeite.
Mas
há mais. A bolota contém propriedades anti-inflamatórias e
analgésicas e contribui para a ação hemostática. É igualmente
rica em taninos, que atuam sobre os tecidos inflamados, e em hidratos
de carbono de grande valor nutritivo e essencialmente benéficas para
quem tem uma atividade física intensa, além de terem propriedades
que atuam nas afeções da boca e da garganta.
A
bolota é conhecida em toda a região do Mediterrâneo e já foi,
noutros séculos, um elemento comum na gastronomia humana. O tempo
retirou-lhe o crédito à mesa e acabou renegada para alimento
de animais. Talvez por isso não lhe prestemos a devida atenção
quando a encontramos um pouco por toda a região do Algarve. Ou então
atrai a curiosidade quando a descobrimos à venda num mercado, lado a
lado com vegetais e outras frutas de outono, como aconteceu quando o
InAlgarve
visitou
o Mercado de Olhão.
De
acordo com um estudo da Universidade Católica do Porto, cerca de 55%
da produção de bolota em Portugal desperdiçada. Esta percentagem
revela que tem um potencial económico elevado e ainda praticamente
por explorar.
Para
contrariar esta tendência, o Mercado de Querença dedica-se no
próximo domingo (dia 29) a apresentar as várias vertentes da
bolota, através confeção de pratos tradicionais, como bolota
assada, pão de bolota e diversos doces. Se ainda não ficou
convenvido, então passe por lá.