terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Que nunca nos falte o medronho!


Se há coisa que todos os algarvios gostam é de um copinho de aguardente de medronho! A bebida, que é um ex-libris da região, até já tem direito a uma 'casa', a uma rota que dá a conhecer a todos os segredos e tradições deste fruto tão típico do Algarve e até a um Festival.

A aguardente de medronho não pode faltar na casa dos algarvios, tão habituados a terminar as refeições com o digestivo 'mata-bicho'! Não, o medronho não mata, mas a sensação que provoca ao descer, queimando a laringe e o esófago, não deixa qualquer micróbio que por ali possa existir com vida. E assim ganhou a alcunha.

O medronho já é conhecido dos romanos. Noutros tempos, o medronheiro teve a função de ser usado como combustível. Mas depois, a aguardente foi descoberta e o medronho passou a ter lugar à mesa. Em Marmelete, no concelho de Monchique, foi criada a 'Casa do Medronho', que mostra aos visitantes como se faz a aguardente, desde a apanha do fruto até ao produto final nas destilarias. Não só em Monchique se encontra o medronho, como também por toda a serra algarvia.

O medronho procura reinventar-se e encontrar outros caminhos. Até porque já se sabe que faz bem à saúde. O Departamento de Química da Universidade de Aveiro elaborou um estudo e concluiu que este fruto ajuda a prevenir o cancro, a controlar os níveis do colesterol e a melhorar a saúde da pele e dos ossos. Por isso, ou porque o medronho também sabe bem quando comido como fruto, há quem já o utilize em pratos gastronómicos ou em doces. Estas e outras iguarias como os licores já podem ser experimentadas no Festival do Medronho, que a Câmara de Monchique promove.

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