Se
há coisa que todos os algarvios gostam é de um copinho de
aguardente de medronho! A bebida, que é um ex-libris da região, até
já tem direito a uma 'casa', a uma rota que dá a conhecer a todos
os segredos e tradições deste fruto tão típico do Algarve e até
a um Festival.
A
aguardente de medronho não pode faltar na casa dos algarvios, tão
habituados a terminar as refeições com o digestivo 'mata-bicho'!
Não, o medronho não mata, mas a sensação que provoca ao descer,
queimando a laringe e o esófago, não deixa qualquer micróbio que
por ali possa existir com vida. E assim ganhou a alcunha.
O
medronho já é conhecido dos romanos. Noutros tempos, o medronheiro
teve a função de ser usado como combustível. Mas depois, a
aguardente foi descoberta e o medronho passou a ter lugar à mesa. Em
Marmelete, no concelho de Monchique, foi criada a 'Casa do Medronho',
que mostra aos visitantes como se faz a aguardente, desde a apanha do
fruto até ao produto final nas destilarias. Não só em Monchique se
encontra o medronho, como também por toda a serra algarvia.
O
medronho procura reinventar-se e encontrar outros caminhos. Até
porque já se sabe que faz bem à saúde. O Departamento de Química
da Universidade de Aveiro elaborou um estudo e concluiu que este
fruto ajuda a prevenir o cancro, a controlar os níveis do colesterol
e a melhorar a saúde da pele e dos ossos. Por isso, ou porque o
medronho também sabe bem quando comido como fruto, há quem já o
utilize em pratos gastronómicos ou em doces. Estas e outras iguarias
como os licores já podem ser experimentadas no Festival do Medronho,
que a Câmara de Monchique promove.
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