terça-feira, 24 de maio de 2016

À descoberta do interior algarvio


brochuras turístico-culturais sobre os Lugares de Memória da Escravatura e do Comércio de Escravos em Lagos.

As praias do Algarve continuam a maravilhar quem as conhece e a constar dos roteiros recomendados por todo o mundo. É o que acontece na lista de 'Praias mais belas de Portugal' selecionada pela revista francesa 'Elle', no seu suplemento dedicado a viagens. Entre as mencionadas, duas são algarvias.
 
A Praia da Rocha é uma das escolhidas, não só pela sua beleza natural, mas também por ser "o local de todos os possíveis", onde os restaurantes e bares contribuem para passar "momentos mágicos", tanto de dia como de noite. 
Frequentemente considerada como uma das mais belas praias do Algarve pelos turistas que a visitam, a Praia da Marinha "é bordada entre as altas falésias". A revista recomenda que este é o local ideal para iniciar as crianças na pesca do caranguejo entre as rochas.

"Para lá da costa, das praias e do sol, há um Algarve serrano que vale a pena ser conhecido". O convite é lançado pelo site 'Quilómetros que contam' da Goodyear que sugere um roteiro alternativo pelo 'outro Algarve', percorrendo "as terras interiores no sopé da serra de Monchique", a partir de Alvor, passando por Lagoa, Silves até Monchique. E não se pode esquecer da gastronomia local.

 

A rota estabelecida pelo site arranca em Alvor que, apesar de ser uma vila piscatória que cresceu com o turismo, mantém "a beleza de uma ria que continua a ser um autêntico santuário natural objeto de importantes programas de conservação".

 

Por aqui se encontram diversas aves migratórias que fazem uma paragem durante as suas viagens sazonais, como a garça-real ou a andorinha do mar. E junto à praia, é ainda possível observar o movimento diário dos pescadores que "enchem com a sua carga o cais quando a tarde cai".

 

O roteiro segue para Lagoa, "onde reina o aroma o vinho", ou não fosse "o coração vinícola do Algarve". "Lagoa é hoje uma típica vila algarvia que cresceu à volta da sua igreja matriz no topo de uma colina", pode ler-se no mesmo texto, que acrescenta que "sob o sol da primavera um branco imaculado parece querer tingir-nos os olhos".

 

Por Lagoa "vale a pena uma visita sossegada pelo centro histórico, um labirinto de becos e ruas entre as casas brancas onde é difícil esquivar a herança manuelina: portais, janelas e torres que parecem construídas para olhar para o passado". E por aqui há uma longa história para contar, como a gruta de Ibne-Ammar, à beira do rio Arade, onde os achados arqueológicos evidenciam a presença humana durante a Idade do Bronze.

 

Em Silves destaca-se logo "o vermelho do seu castelo, como se fosse a fortaleza de King's Landing em 'A Guerra dos Tronos'", revelando as "pegadas espalhadas e indeléveis da presença árabe" e oferecendo uma "uma larga vista da região".

 

Pela cidade, há ainda para descobrir o património histórico local como a Sé Velha, a Cruz de Portugal, "um dos mais afamados e formosos cruzeiros portugueses" e ainda a ponte medieval sobre o rio Arade.

 

O roteiro sobe a serra pela estrada 124 e depois pela 266 que "nos aproxima da sombra refrescante da serra". Pela paisagem montanhosa, surge Caldas de Monchique, "o segredo melhor guardado dos romanos que já desfrutavam das suas águas termais". Mas além das águas, indicadas para "afeções respiratórias e tratamentos de beleza", Caldas merece uma visita por ser um "conjunto histórico que testemunha como eram as tradicionais vilas e aldeias serranas".

 

"Monchique é uma serra peculiar no conjunto das montanhas algarvias", sublinha a ágina 'Quilómetros que contam', devido às "rochas eruptivas que quebraram o xisto". A Fóia, a 902 metros de altura oferece uma extraordinária vista sobre a região, tal como a Picota, apesar de ser um ponto mais baixo.

 

O clima subtropical da zona permite encontrar "plantas exóticas e endógenas que não se encontram noutros locais da Europa" e até há "rotas para conhecer as árvores monumentais", "numa descoberta paisagística partilhada entre a sombra dos bosques e as pegadas romanas e muçulmanas".

 


E ninguém vai embora do Algarve sem provar a sua típica gastronomia, neste caso com produtos tradicionais da serra, como os enchidos caseiros, o presunto ou o mel. E para terminar um passeio em beleza nada melhor que "um copinho de aguardente de medronhoou de melosa", recomenda o site no caso de não ir conduzir, porque, sublinha "a serra, acima de tudo, conquista pelo estômago para chegar até ao coração".

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