sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Lenda das Amendoeiras a celebrar o amor


Quando o Algarve ainda se chamava Al-Gharb e Portugal não existia, havia um poderoso um rei mouro, senhor de toda a região. Um dia conheceu Gilda, uma linda princesa loira vinda das terras do Norte. E o amor aconteceu. Começa assim aquela que é uma das mais famosas lendas do Algarve: a lenda das Amendoeiras.

Gilda e o seu rei amavam-se, mas a 'Bela do Norte', como lhe chamavam, caiu numa tristeza profunda, que se mantinha inalterada dia após dia. O rei ficou muito preocupado e, obstinado em devolver a alegria à sua princesa, chamou especialistas de todo o mundo para que curassem a sua rainha. Mas nenhum acertava no diagnóstico e melancolia da princesa mantinha-se.

Até que um dia, um antigo aio da princesa disse ao rei pensar saber qual o problema: Gilda, a 'Bela do Norte' tinha saudades dos mantos brancos de neve que cobriam as terras do seu país lá longe. Para a tirar da melancolia, o aio recomendou ao rei mouro plantar por todo o seu território campos e campos de amendoeiras, que quando floriam pareciam estar cobertas de flocos de neve, num manto branco bonito de ser visto.

Na Primavera seguinte, o rei chamou Gilda à janela do castelo e mostrou-lhe tamanho espectáculo branco que cobria as terras. A princesa ficou tão feliz pelo que viu, que recuperou as forças e a felicidade. E todos os anos na Primavera, a 'Bela do Norte' via um fantástico manto branco que lhe fazia matar as saudades da sua terra natal.

A lenda das Amendoeiras continua a persistir na memória e na cultural oral dos algarvios. A lenda ajusta-se para justificar a introdução desta árvore no Algarve. E todos os anos na Primavera, quando as amendoeiras dão flor, recorda-se o amor do rei pela sua princesa e a felicidade de Gilda.

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