sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Polvo olhanense mais perto do Japão


Por cá já todos lhe conhecem o gosto e as qualidades. Mas não são os únicos. Os japoneses também estão muito interessados em degustar esta iguaria típica do Algarve, em particular em pratos de sushi. Apesar de estar ainda em fase de estudos quanto à forma de o transportar, o polvo olhanense está mais perto de poder ser exportado para o Japão.

 

O repto foi lançado pelo secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, quando esteve na Festa da Ria Formosa, em Faro, em agosto de 2014: os japoneses estavam interessados em comprar polvo vivo. A Armalgarve respondeu positivamente ao desafio e a Universidade do Algarve meteu mãos ao trabalho para estudar as condições em que o polvo pode viajar para chegar ao outro lado do mundo em boas condições.

 

A partir do interesse japonês nasceu o projeto TRANSPOLVO, promovido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e que conta com o apoio do Grupo de Ação Costeira Sotavento do Algarvio, sediado em Olhão. Os resultados deste projeto foram apresentados na Biblioteca José Mariano Gago, em Olhão, juntando mais de 70 pessoas relacionadas com a pesca a comercialização do polvo.

 

Até agora já foram realizadas diversas simulações de transporto de polvo vivo a altas densidades e a baixas temperaturas com uma duração de 48 horas. E segundo a Câmara Municipal de Olhão, os resultados foram "satisfatórios" e indicam que o transporte possa vir a ser realizado. Apesar dos bons resultados já alcançados, o projeto continua a ainda em fase de estudo.

 


A próxima etapa passa pelos ensaios de viabilização da exportação do polvo vivo que decorrem na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão. Este projeto conta também com o apoio da DOCAPESCA, do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, da Armalgarve e de associações de armadores e pescadores de polvo.

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