quarta-feira, 30 de março de 2016

Este não é um Castelo qualquer


Este não é um castelo qualquer. É um dos monumentos algarvios mais visitados e, naturalmente, um dos mais emblemáticos. O Castelo de Silves guarda as suas memórias ao lado de episódios que marcaram a história de toda a região.

O Castelo de Silves é obra da ocupação árabe, que nele transmitiu os seus melhores conhecimentos de arquitetura militar à época. Da autoria dos árabes Almorávidas no século XI, reflete o esplendor da civilização islâmica na época e a importância que a cidade obteve na altura, sendo considerada a 'capital' do Algarve. O castelo, construído em grés vermelho existente na região e taipa, tem a forma de um polígono irregular e é rodeado por uma cortina de muralhas.

A dar as boas vindas a todos os visitantes, está uma enorme porta principal, protegida por duas torres e pela casa do guarda. A sua cortina de muralhas inclui ainda outra torre e sete quadradelas. A norte, fica a 'porta da traição', que chama a atenção não só pelo nome, como também pelo facto de ser uma saída para o exterior.

O seu interior guarda vestígios islâmicos importantes. Os silos árabes, que serviam como depósitos de alimentos e com entrada por pequenas aberturas ao nível do solo, a Cisterna da Moura, com cerca de 10 metros de altura e quatro abóbodas assentes em colunas, e a Cisterna dos Cães, com 60 metros de profundidade.

A todos os visitantes, o Castelo de Silves oferece ainda um jardim e vista sobre a cidade, o vale e o Rio Arade. E não foram poucos os que em 2015 tiveram a oportunidade de usufruir destes privilégios, enquanto faziam uma viagem de 10 séculos pela história. Visitaram este monumento nacional, assim classificado desde 1910, mais de 232 mil pessoas.

A importância de Silves na região colocou-a como ponto prioritário na rota da conquista cristã. Dom Sancho I conquistou-a em 1189, mas dois anos depois, perdeu o controlo da cidade novamente para os almóadas.

Silves havia de ficar marcada e, em 1249, foi novamente conquistada e, desta vez, mantida sobre poder do Reino de Portugal. À porta do castelo, Dom Sancho I guarda atento o monumento, que atualmente constitui um pedaço importante da história algarvia.

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