Este
não é um castelo qualquer. É um dos monumentos algarvios mais
visitados e, naturalmente, um dos mais emblemáticos. O Castelo de
Silves guarda as suas memórias ao lado de episódios que marcaram a
história de toda a região.
O
Castelo de Silves é obra da ocupação árabe, que nele transmitiu
os seus melhores conhecimentos de arquitetura militar à época. Da
autoria dos árabes Almorávidas no século XI, reflete o esplendor
da civilização islâmica na época e a importância que a cidade
obteve na altura, sendo considerada a 'capital' do Algarve. O
castelo, construído em grés vermelho existente na região e taipa,
tem a forma de um polígono irregular e é rodeado por uma cortina de
muralhas.
A
dar as boas vindas a todos os visitantes, está uma enorme porta
principal, protegida por duas torres e pela casa do guarda. A sua
cortina de muralhas inclui ainda outra torre e sete quadradelas. A
norte, fica a 'porta da traição', que chama a atenção não só
pelo nome, como também pelo facto de ser uma saída para o exterior.
O
seu interior guarda vestígios islâmicos importantes. Os silos
árabes, que serviam como depósitos de alimentos e com entrada por
pequenas aberturas ao nível do solo, a Cisterna da Moura, com cerca
de 10 metros de altura e quatro abóbodas assentes em colunas, e a
Cisterna dos Cães, com 60 metros de profundidade.
A
todos os visitantes, o Castelo de Silves oferece ainda um jardim e
vista sobre a cidade, o vale e o Rio Arade. E não foram poucos os
que em 2015 tiveram a oportunidade de usufruir destes privilégios,
enquanto faziam uma viagem de 10 séculos pela história. Visitaram
este monumento nacional, assim classificado desde 1910, mais de 232
mil pessoas.
A
importância de Silves na região colocou-a como ponto prioritário
na rota da conquista cristã. Dom Sancho I conquistou-a em 1189, mas
dois anos depois, perdeu o controlo da cidade novamente para os
almóadas.
Silves
havia de ficar marcada e, em 1249, foi novamente conquistada e, desta
vez, mantida sobre poder do Reino de Portugal. À porta do castelo,
Dom Sancho I guarda atento o monumento, que atualmente constitui um
pedaço importante da história algarvia.
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