sábado, 26 de março de 2016

A origem da festa das Tochas Floridas



A cada domingo de Páscoa, os homens empunham tochas artísticas gritam em uníssono "Ressuscitou como disse? Aleluia, aleluia, aleluia". São Brás de Alportel revive a cada ano a ancestral Procissão de Aleluia.
 
Os preparativos começam um ano mês antes com a recolha de flores campestres nos campos algarvios. São Brás de Alportel é enfeitada num trabalho minucioso e artístico com um tapete de flores de um quilómetro. Às janelas e varandas, os residentes colocam colchas para homenagear a passagem da procissão. À tradição religiosa, juntam-se os sabores da doçaria tradicional de São Brás de Alportel e o melhor do artesanato local.
 
A tradição da Festa das Tochas Floridas, cumprida anualmente no Dia de Páscoa, tem um caráter religioso, mas assinala ainda um dos momentos mais significativos do Algarve: a expulsão das tropas inglesas comandadas pelo duque de Essex, que saquearam a cidade de Faro em julho de 1596, pela confraria dos moços solteiros.
 
Nessa época, as confrarias eram obrigadas a levar uma tocha acesa ou luminária e, mais tarde, à falta de cera, levavam paus pintados e ornamentados com flores. A Procissão de Aleluia começou a ser realizada nos primeiros anos do século XVII em São Brás de Alportel, tornando-se uma das mais importantes manifestações religiosas da região.
 

Atualmente, os homens carregam as tochas floridas e formam duas alas para formar a procissão pelas ruas de São Brás. Apenas os homens podem carregar as tochas, uma vez que as confrarias eram apenas compostas por homens.

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