terça-feira, 17 de novembro de 2015


Chegaram a ser mais de 150 habitantes nas pequenas casas brancas da Aldeia de Pedralva. Na escola, mais de 30 crianças aprendiam as primeiras leituras e as primeiras contas ali no concelho de Vila do Bispo, a dois passos da Costa Vicentina. E foram essas contas que levaram a maioria dos habitantes a deixar a Aldeia de Pedralva à procura de melhores condições de vida. Ficaram os mais antigos já sem outras ambições a guardar as cerca de 50 casas, cada vez mais desabitadas à medida que o tempo passava. Até ao dia em que a aldeia mudou de vida.
 
Em 2007, quando as primeiras obras arrancaram, José Barreiros era o mais velho entre os nove habitantes que restavam. Aos 78 anos via a aldeia da sua vida ganhar ela própria nova vida. Um ano antes, António Ferreira, Diogo Fonseca, Luis Neiva e Miguel Beja tinham decidido que a Pedralva podia renascer e iniciaram o projeto de recuperação.
 
O processo não foi fácil. Procuraram por Portugal e por toda a Europa os proprietários das pequenas casas que pintavam a paisagem de branco. Em 2008, avançavam finalmente para a recuperação de 30 habitações, mantendo a traça e as características originais, mas conferindo-lhe um toque de modernidade nas condições de habitabilidade. 
 
Hoje a aldeia está diferente. Tem pessoas que escolhem ali ficar nas casas de campo com diferentes tipologias e usufruir daquela tranquilidade que não se encontra em qualquer lado. As casas estão equipadas e têm cozinha, conferindo um toque de privacidade. Há ainda um restaurante típico, bar, um barbecue comunitário, um lounge e outras áreas para relaxar.
 

Mas chegar à Aldeia de Pedralva não significa ficar isolado. Há um conjunto de atividades ao ar livre para exerimentar, desde os passeios pedrestes, BTT, aulas de surf, observação de aves e de golfinhos, mergulho pesca ou passeios de barco. E se quiser, até pode casar na Aldeia!

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