Chegaram
a ser mais de 150 habitantes nas pequenas casas brancas da Aldeia de
Pedralva. Na escola, mais de 30 crianças aprendiam as primeiras
leituras e as primeiras contas ali no concelho de Vila do Bispo,
a dois passos da Costa Vicentina. E foram essas contas que levaram a
maioria dos habitantes a deixar a Aldeia de Pedralva à procura de
melhores condições de vida. Ficaram os mais antigos já sem outras
ambições a guardar as cerca de 50 casas, cada vez mais desabitadas
à medida que o tempo passava. Até ao dia em que a aldeia mudou de
vida.
Em
2007, quando as primeiras obras arrancaram, José Barreiros era o
mais velho entre os nove habitantes que restavam. Aos 78 anos via a
aldeia da sua vida ganhar ela própria nova vida. Um ano
antes, António Ferreira, Diogo Fonseca, Luis Neiva e Miguel
Beja tinham decidido que a Pedralva podia renascer e iniciaram o
projeto de recuperação.
O
processo não foi fácil. Procuraram por Portugal e por toda a Europa
os proprietários das pequenas casas que pintavam a paisagem de
branco. Em 2008, avançavam finalmente para a recuperação de
30 habitações, mantendo a traça e as características originais,
mas conferindo-lhe um toque de modernidade nas condições de
habitabilidade.
Hoje
a aldeia está diferente. Tem pessoas que escolhem ali ficar nas
casas de campo com diferentes tipologias e usufruir daquela
tranquilidade que não se encontra em qualquer lado. As casas
estão equipadas e têm cozinha, conferindo um toque de
privacidade. Há ainda um restaurante típico, bar, um barbecue
comunitário, um lounge e outras áreas para relaxar.
Mas
chegar à Aldeia de Pedralva não significa ficar isolado. Há um
conjunto de atividades ao ar livre para exerimentar, desde os
passeios pedrestes, BTT, aulas de surf, observação de aves e
de golfinhos, mergulho pesca ou passeios de barco. E se quiser,
até pode casar na Aldeia!
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