São
cristais riquíssimos aqueles que flutuam nas salinas do Parque
Natural da Ria Formosa ou na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim
e Vila Real de Santo António. É a mais fina flor que o Algarve pode
conceder e muito apreciada. Falamos da flor de sal.
É
na fina camada de espessura que cobre o sal grosso que se formam os
cristais de flor de sal, devido ao processo de evaporação em
condições climatéricas específicas. A sua recolha é um processo
manual feito diariamente pelos marnotos e, depois de recolhida, não
sofre qualquer processo de transformação.
Por
ser 100% natural, retém melhor os nutrientes, como ferro, zinco,
magnésio, iodo, flúor, sódio, cálcio, potássio e cobre. Mas a
sua produção é escassa e a época produtiva diminuta. Talvez por
isso haja quem também lhe chame 'caviar marinho'.
A
designação não vem ao acaso. A flor de sal, que começou por ser
usada em casa dos marnotos, realça o gosto natural dos alimentos,
conferindo um cheiro e um paladar mais intenso a cada produto. Mas
deve apenas ser usada um pouco antes de confeção ou depois dos
alimentos confecionados e em pequenas doses. E o facto de ser muito
apreciada entre os Chefs da cozinha gourmet contribuiu para a fama.
A
flor de sal produzida no Algarve é das mais conceituadas a nível
internacional. A associação francesa Nature e Progress atribuiu-lhe
a certificação de alta qualidade. E a sua produção em Tavira tem
a Denominação de Origem Protegida. Qualidade, excelência e
autenticidade, três adjetivos que podem designar a flor de sal
algarvia.
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