quinta-feira, 17 de março de 2016

É uma cabra de raça algarvia com certeza


De olhar certo e porte firme, há uma cabra que se distingue. O pêlo branco com manchas de tonalidades castanhas ou pretas identificam-na: é a cabra algarvia, a melhor raça autóctone na produção de leite.
 
A origem desta cabra é tema de conversa. Como explica ao InAlgarve Ana Paula Rosa, Secretária Técnica do Livro da Raça, da Associação Nacional de Criadores de Caprinos da Raça Algarvia (ANCCRAL), há quem defenda que a espécie de cabra algarvia resultou do cruzamento entre raças espanholas e francesas. Mas pode também ter sido introduzida por pescadores, vindos de Marrocos.
 
Certo é que a cabra algarvia se adaptou perfeitamente às condições do interior serrano algarvio, onde um tem um habitat propício para a espécie, em particular em Alcoutim e Castro Marim, onde está o a maior concentração de animais. Mas há também produtores registados no Baixo Alentejo e um no Alto Alentejo, em Montargil, onde um criador seguiu a tradição de família e se dedica à produção desta espécie.
 
Aliada à produção de leite, explica Ana Paula Rosa, está outra característica que faz desta uma raça particular: em cada reprodução, o número médio de crias situa-se nos 2, acima da média de outras espécies de cabras. Em adultos, os machos pesam entre 60 a 70 kgs e as fêmeas entre 45 a 55 kgs.
 
Segundo o livro de registos, atualizado quase diariamente pela SecretáriaTécnica, há atualmente 3995 fêmeas e 161 machos, o que perfaz uma média de 30 fêmeas para cada macho.
 

A raça é usada em larga escala na produção leiteira, como é exemplo a Queijaria do Azinhal que produz queijo fresco ou iogurte de leite de cabra, mas os cabritos também são usados na gastronomia.

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