segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Escritor dedica crónica a Tavira


Miguel Esteves Cardoso dedicou a sua mais recente crónica semanal no jornal 'Público' a Tavira, onde confessa, num relato escrito no plural, "boquiabertos, encontrámos luz. Encontrámos calor. Encontrámos céu azul". O escritor, crítico e cronista saúda no texto, intitulado 'As Espertinhas no Ar', o estado primaveril que sente na cidade, tanto no ar, como na gastronomia.
 
"Havia muitos passarinhos", relata Miguel Esteves Cardoso, que descreve o voo das andorinhas que, partilhando do "mesmo êxtase", parecia que tinham "acabado de chegar ao único bocadinho de Portugal que conseguiu ficar ao sol", numa referência aos dias de mau tempo vividos no País.
 
Na crónica, o escritor revela que as andorinhas "não se tinham ido embora", devido ao bom tempo. "Fizeram o que nós deveríamos ter feito", escreve Miguel Esteves Cardoso, lançando a pergunta: "Mas cabe na cabeça de alguém ou de algum passarinho deixar um sítio como Tavira?".
 
Mas nem só de andorinhas se faz a primavera de Tavira quando o calendário cumpre ainda a segunda semana de fevereiro. O escritor revela que ao jantar degustou "as primeiras favas do ano, sublimes". E a dúvida instalou-se dada a época do ano. "Sim, em Tavira é assim", sublinha. "E éramos os únicos que não sabiam que em Tavira é mesmo assim, avançado no tempo e de costas para o Portugal atrasado, frio, obscuro e encharcado que é um vergonha nacional".
 
Esta não é a primeira vez que Miguel Esteves Cardoso faz referência à cidade nas suas crónicas. Já antes tinha falado sobre as qualidades dos gelados naturais criados pela Gelataria Delizia. 

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