É
uma espécie única no mundo e só existe no Algarve, mas está em
risco de desaparecer. A tuberaria major, também conhecida como
alcar-do-Algarve, é uma espécie botânica protegida a nível
europeu e mundial, que continua a sofrer ameaças à sua preservação.
A
tuberaria major foi identificada pela primeira vez nos finais do
século XIX, por J. P. Perez e A. Moller, perto de Faro, mas só na
década de 90 do século XX foi reconhecida como pertencente à
família das Cistáceas e mais tarde conquistou o direito a ser
considerada uma espécie.
Mesmo
só estando registada no Algarve, a sua distribuição geográfica é
reduzida. Existe apenas nas faixas litorais dos concelhos de Loulé,
Faro e Olhão e na zona de Algoz e Tunes, já no Barrocal algarvio.
Ocorre essencialmente em clareiras de matos xerofíticos e pinhais,
preferindo solos ácidos, derivados de arenitos vermelhos e próximos
do litoral.
A
fraca expansão territorial é um dos factores que coloca o alcar-do
Algarve na categoria de espécie ameaçada. Outra razão prende-se
com a forte pressão sob o seu habit natural, principalmente pela
pressão urbanística exercida, sobretudo nas zonas do litoral.
Por
estes factores e por ser uma espécie única, a tuberaria major está
classificada pela Diretiva Comunitária de Habitats, pela Convenção
de Berna e está incluída no 'Livro Vermelho' da União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), tendo sido
classificada como prioritária para preservação.
PÉTALAS
DURAM APENAS ALGUMAS HORAS
É
a meados da primavera que a planta ganha vida. Entre abril e maio,
das suas folhas em tons de rosa surgem as belas flores amarelas de
cinco pétalas, num espectáculo único e raro. As flores desabrocham
ao início da manhã, mantêm-se durante algumas horas e começam a
cair ao longo do dia.
Outra
das curiosidades desta planta é o facto de conseguir germinar a
altas temperaturas. As suas sementes apresentam uma viabilidade de
germinação que pode ir até aos 80ºgraus centígrados.
Sem comentários:
Enviar um comentário