sábado, 13 de fevereiro de 2016

O Algarve escrito por quem sabe e o sente


Meu Algarve encantador
P’ra o poeta e p’ra o pintor
Tem motivos de sobejo…
Até eu, se tivesse arte,
Queria, ao mundo mostrar-te
Como te sinto e te vejo.
António Aleixo, in Algarve (por dentro e por fora)

Começamos esta alma algarvia com um poema de António Aleixo, nascido em Vila Real de Santo António e afamado em Loulé, onde ganhou forma de estátua. O Algarve esteve no coração do poeta como está em tantos outros que escrevem por esse mundo fora com o orgulho de serem algarvios.

Da literatura atual saltam à vista Lídia Jorge e Nuno Júdice, ambos com inúmeras obras publicadas e quase outros tantos prémios conquistados. Recordemos apenas os últimos: a escritora nascida em Albufeira venceu o prémio Urbano Tavares Rodrigues em 2015, com o romance 'Os Memoráveis', e o autor oriundo da Mexilhoeira Grande conquistou o Prémio Ibero-Americano Rainha Sofia de Espanha, em 2013. E inspiração é coisa que não lhes falta. A eles e a Teresa Rita Lopes, Gastão Cruz ou Casimiro de Brito.

Outros há que ficam para a história da escrita algarvia, quer em prosa ou poesia: António Assis Esperança, Bernardo dos Passos, Casimiro de Brito, Júlio Dantas, João Lúcio, Tóssan, António Ramos Rosa, João de Deus, só para nomear alguns.


E há ainda aqueles que não sendo algarvios de terra, o eram no coração, dedicando versos e frases sem conta à região. Assim o fizeram Raúl Brandão, Eugénio de Andrade ou Sophia de Mello Breyner Andresen. Porque o Algarve que se sente, escreve-se para o mundo.

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