Meu
Algarve encantador
P’ra
o poeta e p’ra o pintor
Tem
motivos de sobejo…
Até
eu, se tivesse arte,
Queria,
ao mundo mostrar-te
Como
te sinto e te vejo.
António
Aleixo, in Algarve
(por dentro e por fora)
Começamos
esta alma algarvia com um poema de António Aleixo, nascido em Vila
Real de Santo António e afamado em Loulé, onde ganhou forma de
estátua. O Algarve esteve no coração do poeta como está em tantos
outros que escrevem por esse mundo fora com o orgulho de serem
algarvios.
Da
literatura atual saltam à vista Lídia Jorge e Nuno Júdice, ambos
com inúmeras obras publicadas e quase outros tantos prémios
conquistados. Recordemos apenas os últimos: a escritora nascida em
Albufeira venceu o prémio Urbano Tavares Rodrigues em 2015, com o
romance 'Os Memoráveis', e o autor oriundo da Mexilhoeira Grande
conquistou o Prémio Ibero-Americano Rainha Sofia de Espanha, em
2013. E inspiração é coisa que não lhes falta. A eles e a
Teresa Rita Lopes, Gastão Cruz ou Casimiro de Brito.
Outros
há que ficam para a história da escrita algarvia, quer em prosa ou
poesia: António Assis Esperança, Bernardo dos Passos, Casimiro de
Brito, Júlio Dantas, João Lúcio, Tóssan, António Ramos Rosa,
João de Deus, só para nomear alguns.
E
há ainda aqueles que não sendo algarvios de terra, o eram no
coração, dedicando versos e frases sem conta à região. Assim o
fizeram Raúl Brandão, Eugénio de Andrade ou Sophia de Mello
Breyner Andresen. Porque o Algarve que se sente, escreve-se para o
mundo.
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