Indiferente
ao solo, tanto se dá no Litoral como no Barrocal, mas só existe no
Algarve. O tomilho-cabeçudo, também usado para temperos, tem uma
distribuição muito restrita no Sotavento algarvio e, por isso,
precisa ser preservado.
O
tomilho-cabeçudo, ou Thymus lotocephalus, é uma espécie que tanto
se dá em solos calcareníticos como nos solos arenosos ácidos do
Litoral, ou em pinhais abertos ou em clareiras de matos, sobre solos
calcários do barrocal algarvio.
O
inverno é o período mais difícil para o tomilho-cabeçudo, que não
reage bem às adversidades da meteorologia. Mas pelas últimas chuvas
da estação, a espécie renova folhagem, para no final da primavera
despontam as 'cabeças' que irão florir e dar a cor violeta à
planta. São essas flores, demasiado grandes para a planta, que não
ultrapassa os 20 cm de altura, que diferenciam esta espécie com o
nome 'cabeçudo'.
Além
de preencher a paisagem com uma bela cor violeta, o tomilho-cabeçudo
é também uma planta muito aromática, usada em diversos pratos
gastronómicos algarvios, principalmente na zona Barrocal. É exemplo
disso a cataplana de cavala, batata-doce e tomilho-cabeçudo ou
pratos de caça.
Por
ser uma espécie de distribuição restrita, o seu estado de
preservação é difícil, tornando-a numa das espécies mais raras
do Sotavento algarvio. Por este motivo e pela pressão urbanística
sentida principalmente na zona litoral do Algarve, o tomilho-cabeçudo
é uma espécie que tem o estatuto de conservação nacional e está
protegido pela Convenção de Berna.
Ainda
assim, têm sido esforços para proteger e desenvolver esta espécie,
nomeadamente através de viveiros controlados, que servem também as
cozinhas algarvias.
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